ORGANIZAÇÃO
CAPITALISTA DA CIDADE: Políticas de Revitalização do Centro de Lisboa
versus Resiliência Social e Organização Comunitária no Centro e Periferia
Urbanos.
As
chamadas "Políticas Públicas de Revitalização Urbana" tornam-se cada
vez mais visíveis em toda a cidade, de bairro para bairro, de quarteirão
para quarteirão, de rua para rua... O argumento central – o
de "revitalização" – anunciado de antemão na própria nomeação destas
políticas, é carregado de preconceito. O termo é sinónimo de "revivificar"
o que significa "dar nova vida a", "tornar vital" ou “restituir a
vida”, pressupondo que a existente não serve ou que algo está morto.No enquadramento capitalista uma cidade "viva" é aquela que (se) vende.
Adjacentes,
são os argumentos de "inclusão social" e de "cidadania activa"
propagandeados em campanhas políticas lançadas com slogans, tais como
"Juntos fazemos Lisboa" ou "Obra a Obra, Lisboa melhora" – A questão é:
Juntos, quem? Melhora em quê e para quê/ para quem? Que "social" é esse
de que aqui se fala?
Lisboa melhora para o rico, para o turista e para o grande investidor. Torna-se elitista, sobe no "ranking" de competição global das cidades mais visitadas do mundo e ajusta-se na conjuntura do marketing internacional: por um lado, tornando-se um dos principais atractivos do mercado habitacional de luxo, por outro, um grande potencial de investimento hoteleiro e turístico.
Face aos actuais desafios que o contexto imposto pelo capital premeia, no qual o acto de fazer cidade é cada vez mais afastado daqueles que nela habitam, novas formas de pensar e exercer o direito à cidade ocupam lugar..
Lisboa melhora para o rico, para o turista e para o grande investidor. Torna-se elitista, sobe no "ranking" de competição global das cidades mais visitadas do mundo e ajusta-se na conjuntura do marketing internacional: por um lado, tornando-se um dos principais atractivos do mercado habitacional de luxo, por outro, um grande potencial de investimento hoteleiro e turístico.
Face aos actuais desafios que o contexto imposto pelo capital premeia, no qual o acto de fazer cidade é cada vez mais afastado daqueles que nela habitam, novas formas de pensar e exercer o direito à cidade ocupam lugar..